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A UTILIZAÇÃO DO BIOFEEDBACK NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO DATM E DA DOR FACIAL

A dor, é um elemento fundamental para a sobrevivência dos seres vivos. Ela alerta para existência de interações potencialmete danosas com o meio externo, bem como informa a existência de alterações estruturais e/ou funcionais no meio interno do organismo.

Até mesmo o sofrimento psicológico, é geralmente traduzido em forma de dor física que nestes casos, pode ser completamente desprovida de uma base orgânica, ou ser conseqüência das interações nocivas entre mente e corpo traduzidas em forma de doenças psicossomáticas ou de alterações funcionais que redundam em dor.

Na prática médica cotidiana, a queixa de dor é certamente o mais comum dos motivos pelos quais as pessoas procuram a ajuda dos profissionais de saúde.


As cifras envolvendo a dor, espantam pelo gigantismo. Além dos incontáveis casos de incapacitação permanente provocados por diversas condições clínicas que provocam um estado de dor crônica, milhões de dias de trabalho são perdidos a cada ano devido a incapacitações temporárias produzidas pela dor. Além disso, a necessidade de aliviar a dor movimenta um mercado milionário seja pela prática freqüente da auto-medicão, ou pelo número incomensurável de receitas de analgésicos e outros procedimentos anti-dor, emitidos a cada ano.

Além do aspecto econômico envolvido, a auto-medicação com analgésicos, é uma das causas mais freqüentes de efeitos nocivos provocados pelo uso abusivo de medicamentos. A dependência de analgésicos é muito mais freqüente e com prejuízo orgânico mais sério do que a dependência dos psicofármacos, os tão temidos "remédios controlados"


Dentro desse quadro, as dores de cabeça, face e pescoço, representam uma parcela elevada do total de queixas e dentre essas, um grupo de condições conhecidas como Disfunções Crânio-Mandibulares, ou Disfunção da Articulação Temporomandibular (DATM) é responsável por um percentual significativo desses sintomas.

Disfunções Crânio-mandibulares ocorrem quando existe alteração estrutural na articulação temporomandibular (ATM) e/ou quando existe desequilíbrio na arcada dentária ou nos músculos e ligamentos que participam da função mandibular.

Na DATM, a dor pode se originar diretamente da articulação lesada, ou ser provocada por disfunções musculares.

As DATM's não provocadas por alterações na própria articulação, são conhecidas como DATM’s extra-capsulares. Nas DATM’s extra-capsulares, a disfunção normalmente se deve a um defeito na trajetória de fechamento da mandíbula causada por problemas estruturais extra articulação como má oclusão, arcada dentária incompleta, restaurações e próteses inadequadas, que levam ao desequilíbrio dos níveis de tensão bilateral da musculatura envolvida com a função mandibular.

Nas DATM’s extra-capsulares aonde não são detectados defeitos estruturais , a disfunção muscular é a causa primária da dor. Essa disfunção muscular é freqüentemente causada por hábitos orais defeituosos como tensionar periodicamente a mandíbula e/ou remoer. Nestes casos, o stress e a tensão emocional desempenham um papel fundamental na causa da dor facial pois sob stress, os indivíduos tendem a cerrar a mandíbula e a manter os músculos envolvidos  na oclusão sob tensão exagerada e constante, repetindo compulsivamente os movimentos de morder e mastigar,o que provoca dor. São também freqüentes os casos nos quais mesmo após a resolução de um problema estrutural pré-existente, a dor facial permanece pois o desequilíbrio muscular originado como uma atitude de defesa durante a existência do problema, se cronifica em forma de hábito defeituoso Pelo exposto, compreende-se porque aproximadamente 70 a 90 % dos pacientes com dor facial Têm uma disfunção muscular primária ou secundária.

Disfunções da ATM podem ser indolores mas o mais comum é que elas sejam acompanhadas de dor, muitas vezes intensa, nas regiões temporal, periorbital suboccipital, face e pescoço. Além disso, o portador de DATM pode se queixar de dor e ruídos (clics e rangidos) próximo à ATM, bem como de limitação de movimentos.

Na maioria das vezes, os paciente se queixam de dor constante e intensa de longa duração, freqüentemente unilateral e mais intensa ao acordar, e relatam com freqüência, o consumo cotidiano de doses elevadas de analgésicos.


Os pacientes costumam relatar também, a presença de estalos e outros ruídos, provenientes da articulação temporomandibular.. Os movimentos da mandíbula estão limitados e existe dificuldade para abrir a boca. Com freqüência, observa-se um desvio do queixo para o lado afetado mesmo na ausência de alterações estruturais, causado, na maioria das vezes, pelo espasmo muscular . A dor pode se irradiar para o músculo temporal, para o esternocleidomastoídeo, para o splenius capitis e também para o processo zigomático

As Disfunções Crânio-Mandibulares são também responsáveis por uma grande quantidade sintomas auditivos incluindo dor, ruídos, chiados, e diminuição da acuidade auditiva.


QUAL A APLICAÇÃO DO BIOFEEDBACK NESTES CASOS ?

O biofeedback tem se mostrado eficaz nos casos de dor facial nos quais se descartou a artrite e outras etiologias não relacionadas a causas musculares. O biofeedback é importante no tratamento da DATM porque alerta o paciente para a atividade muscular excessiva e inapropriada .

No processo do biofeedback nos casos de dor facial, utiliza-se a eletromiografia de superfície (EMGS) para registrar o nível de tensão da musculatura da face, crânio e pescoço . Os dados obtidos são a seguir processados e transformados em sinais auditivos e/ou visuais facilmente compreensíveis pelo paciente. A partir daí , é possível , engajá-lo numa série de estratégias de relaxamento muscular progressivo e de reequilíbrio da musculatura contra-lateral da face e crânio.

A redução da tensão e da contração muscular geralmente reduz ou mesmo elimina a dor.

A eletromiografia de superfície (EMGS) era até recentemente , disponível apenas em laboratórios de pesquisa em laboratórios de pesquisa nos quais era utilizada há anos. Com o desenvolvimento da informática, a EMGS é agora uma ferramenta de diagnóstico e tratamento, disponível para utilização clínica.

O entendimento dos fundamentos fisiológicos da função músculoesquelética e a utilização da tecnologia de EMGS permite o diagnóstico e o tratamento precoce da disfunção muscular que é como vimos, uma das causas mais freqüentes de dor facial.

Por ser uma forma não invasiva de registro da atividade elétrica dos músculos na qual os eletrodos são colocados sobre a pele na região a ser monitorada, a EMGS vem se impondo como uma ferramenta confiável e simples no campo da fisiologia clínica.

UM CASO CLÍNICO COM APLICAÇÃO DO BIOFEEDBACK NO TRATAMENTO DA DOR FACIAL.

Quadro clínico:

Identificação: Paciente do sexo feminino, 63 anos sem história de alteração estrutural na articulação temporomandibular , mandíbula ou arcada dentária, sob forte stress emocional

Queixa principal: Dor intensa há cerca de 60 dias, localizada na face esquerda, comprometendo o movimento da mandíbula.

Avaliação inicial: Eletromiografia de superfície dos masseteres

Resultado obtido: Média da atividade elétrica à esquerda , cerca de duas vezes superior àquela obtida à direita, ambas acima dos valores considerados normais para a musculatura avaliada.

                                    fig. 2- Valores médios obtidos na sessão de avaliação

Tratamento realizado: Biofeedback bilateral dos masseteres com a utilização de técnicas de relaxamento progressivo ao longo de 10 sessões , com duração média de quarenta e cinco minutos e freqüência de três sessões semanais

Resultado obtido: Reequilíbrio dos níveis de atividade elétrica muscular bilateral, com valores obtidos em repouso considerados normais de acordo com o instrumento utilizado.

Quadro clínico: pos tratamento: Redução do quadro doloroso definido pela paciente como "90%" menos intenso.

fig. 3 - Valores médios obtidos após dez sessões

Avaliação de controle : Realizada 30 dias após, a avaliação de controle mostra a permanência da capacidade de auto-regular o nível de tensão dos músculos trabalhados, e a manutenção dos ganhos tanto em termos de equilíbrio bilateral, como quanto aos valores basais situados dentro dos níveis compatíveis com um tônus muscular em estado de repouso. Relato da paciente: Ausência de dor.



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